MRN

Para reverter a imagem negativa de um incidente ocorrido há 35 anos, a MRN estruturou uma estratégia bem-sucedida de engajamento e transparência sobre suas ações de recuperação ambiental junto aos diversos públicos

Desafio

Atuando no oeste do Pará desde 1979, a MRN é a maior produtora brasileira de bauxita, empregando mais de 6,7 mil profissionais. Com produção superior a 12 milhões de toneladas por ano — parte exportada para três continentes — a empresa mantém um relacionamento histórico com a região, desenvolvendo mais de 60 projetos de responsabilidade socioambiental.

Ainda assim, a companhia sempre foi pressionada a lidar com os desdobramentos ambientais do despejo de rejeitos no Lago Batata, ocorrido há 35 anos — um episódio frequentemente associado a controvérsias e interpretações imprecisas, muitas vezes injustas, que afetaram a reputação da empresa.

Diante desse contexto, a MRN precisou promover um processo de reconstrução de imagem, tornando pública sua trajetória de recuperação do lago com dados, fatos verificáveis e depoimentos de moradores locais. 

O objetivo central era resgatar a confiança da sociedade e dos stakeholders por meio de transparência, maturidade comunicacional e reconhecimento do aprendizado adquirido ao longo de décadas de atuação. Assim, pela primeira vez, a MRN divulgou de forma completa e sistematizada todo o trabalho desenvolvido na recuperação do Lago Batata ao longo de 35 anos.

Estratégia

A empresa adotou um plano de comunicação multicanal, voltado a disseminar as mensagens-chave da jornada de reparação — incluindo a recuperação da flora e fauna e o restabelecimento das condições ecológicas para a vida aquática.

Um e-book bilíngue (português e inglês) apresentou a narrativa completa, enquanto a estratégia de amplificação incluiu posts nas redes sociais, hotsite dedicado, divulgação na imprensa e canais internos. A MRN também produziu uma websérie em quatro episódios, na qual pesquisadores e profissionais responderam publicamente às principais dúvidas sobre o lago.

Outro ponto central foi reforçar o papel da liderança corporativa como promotora de uma postura aberta e estratégica, criando uma narrativa clara e replicável. O próprio CEO, Guida Germani, comunicou-se diretamente com os colaboradores sobre as iniciativas de recuperação. Na comunidade local, a empresa promoveu encontros presenciais para esclarecer fatos, dialogar com os moradores e restabelecer vínculos de confiança.

Público

Colaboradores, comunidade e stakeholders estratégicos.

Impacto

Na imprensa, o plano resultou em 22 matérias em veículos regionais, nacionais e especializados. Nas redes sociais, os conteúdos impactaram mais de 50 mil pessoas, com 3.719 interações e mais de 58 mil visualizações. Um resultado simbólico importante: a recuperação do Lago Batata tornou-se pauta também na COP30.