Prêmio Aberje
Categoria Cases

ECAD

  • Projeto Relatório Mulheres na Música: Relevância imensa, presença mínima
  • Agência -
  • Região Espírito Santo e Rio de Janeiro
Desigualdade de gênero

Entidade atuante na indústria criativa da música, o Ecad criou uma publicação com dados técnicos e confiáveis que revelam a disparidade enfrentada pelas mulheres no acesso e recebimento de direitos autorais no Brasil

Desafio

O Ecad, administrado por sete associações de música (Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC), é a única entidade no país responsável pela arrecadação e distribuição dos direitos autorais de execução pública de músicas. Sua política ESG está alinhada à missão de promover, com ética e transparência, o desenvolvimento da cadeia produtiva musical e a valorização dos artistas. Valores como empatia, inovação e compromisso orientam ações concretas de responsabilidade social, entre elas as políticas de diversidade e inclusão.

O Brasil possui um dos maiores bancos de dados da América Latina, com mais de 4 milhões de titulares cadastrados (compositores, artistas e outros profissionais) e mais de 25 milhões de obras musicais registradas. No entanto, apesar desse universo expressivo, as mulheres seguem sub-representadas: os homens recebem mais de 90% dos valores de direitos autorais de execução pública musical.

Entre as diversas disparidades, destaca-se o fato de que, entre os 100 artistas com maior rendimento em direitos autorais no país, apenas 4% são mulheres. Para o Ecad, a falta de oportunidades, a discriminação e o reconhecimento histórico dificultaram a conquista de espaço pelas mulheres. Soma-se a isso a escassez de dados e pesquisas consistentes que evidenciem essa desigualdade. Reconhecendo possuir informações que nenhuma outra empresa ou instituição detém, o Ecad decidiu retratar essa realidade no relatório “Mulheres na Música”.

Estratégia

Lançado em 7 de março de 2025, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o documento tem como objetivo alertar a sociedade e o mercado musical sobre o papel das mulheres na música. O relatório apresenta uma análise aprofundada de dados — de acesso restrito — e oferece uma visão abrangente do universo musical sob o recorte de gênero. Planejado a partir de dezembro de 2024, com definição de escopo temático, seleção de dados e alinhamento editorial, o documento foi publicado em formato digital (PDF) com 15 páginas.

As informações foram levantadas pelo especialista em dados da equipe, enquanto o texto e a diagramação foram produzidos por mulheres. A Gerente de Comunicação e Marketing, que coordenou o projeto, pesquisou a participação feminina no mercado musical em seu mestrado (UERJ, 2022). O relatório foi divulgado para a imprensa nacional, regional e especializada, além de publicações nas redes sociais, no site do Ecad e distribuição para instituições do setor musical.

Os dados foram extraídos do banco de dados da gestão coletiva da música no Brasil, composto pelo Ecad e pelas sete associações que o administram. A classificação por gênero baseou-se nos registros do banco de dados, cruzando informações quantitativas com análises qualitativas segmentadas por atividade.

Público

Artistas, mercado musical e sociedade em geral.

Impacto

O relatório alcançou forte visibilidade na imprensa, com repercussão em 103 matérias que atingiram 363.987 pessoas. O case gerou valoração estimada em mídia espontânea de R$ 1.141.783,00. Nas redes sociais, registrou 102.192 pessoas alcançadas no Instagram e 62.690 impressões no LinkedIn.

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